A recente onda de calor que assola o Brasil tem elevado as temperaturas a níveis recordes, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, com previsões de novos picos até o dia 21 deste mês. Em Porto Alegre, os termômetros já atingiram a marca de 40ºC, levando os moradores a buscar alternativas para se proteger do sol escaldante. Em São Paulo, a situação não é diferente, com a população recorrendo a ventiladores, ar-condicionado e protetor solar para enfrentar o calor intenso. As autoridades recomendam evitar a exposição direta ao sol e manter-se hidratado para minimizar os riscos à saúde.

Segundo o Climatempo, a onda de calor teve início no Sul do Brasil, onde as temperaturas chegaram a quase 44ºC no começo do mês. Agora, o calor avança para o Sudeste e Nordeste, com previsões de temperaturas superiores a 40ºC no Rio de Janeiro e no interior de Minas Gerais. A meteorologista Carolin Andrejus explica que o fenômeno é resultado de uma alta pressão em médios níveis da atmosfera, que diminui as chances de chuva e facilita o aumento das temperaturas. A expectativa é que a onda de calor persista até pelo menos o dia 18 de fevereiro no Sudeste e Nordeste, podendo se prolongar até o final do mês em algumas áreas do Centro-Oeste.

Especialistas têm associado o aumento na frequência dessas ondas de calor ao aquecimento global. Carolyn Andrejus enfatiza que as mudanças climáticas estão diretamente ligadas à maior frequência de eventos extremos, como chuvas intensas e ondas de calor prolongadas. O climatologista Carlos Nobre destaca que, embora não seja possível prever com exatidão se 2024 trará calor intenso, os riscos das altas temperaturas são iminentes. Ele explica que o aumento do vapor d’água na atmosfera contribui para a ocorrência de fenômenos extremos, intensificando os desafios climáticos. Apesar das previsões de pancadas de chuva nos próximos dias, os especialistas alertam que elas não serão suficientes para amenizar as altas temperaturas.