O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar o Hamas para aceitar um acordo de cessar-fogo com Israel. Em publicação nas redes sociais, no domingo (7), o republicano disse ter dado “o último aviso” ao grupo palestino para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, alertando para possíveis consequências.

"Todo mundo quer os reféns [israelenses] em casa. Todo mundo quer que esta guerra acabe! Os israelenses aceitaram meus termos. É hora do Hamas aceitar também. Eu avisei o Hamas sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso, não haverá outro", escreveu Trump.

Horas depois, o Hamas afirmou ter recebido, por meio de mediadores, uma nova proposta de cessar-fogo de autoria do governo norte-americano. O texto inclui novos princípios estipulados por Israel, como a libertação imediata de todos os reféns em até 48h.

Em comunicado, o grupo expressou “prontidão para sentar-se à mesa de negociações” e discutir os termos israelenses, em troca de garantias palestinas. Entre elas estão o compromisso de Israel para encerrar o conflito, incluindo a retirada completa das tropas de Gaza, e a formação de um comitê palestino independente para administrar a região.

Pressão sobre Israel

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também vem sendo pressionado para chegar a um acordo com o Hamas. Na última sexta-feira (5), familiares dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza realizaram um novo protesto, desta vez criticando os esforços israelense para ocupar o Norte do enclave palestino, em vez de avançar nas negociações.

“Os nossos 48 entes queridos correm o risco de serem mortos nas ruínas de Gaza. Os instintos de sobrevivência pessoal do primeiro-ministro não podem anular a necessidade de trazer de volta todos os reféns e evitar mortes desnecessárias. Exigimos que o governo israelense inicie negociações para um acordo abrangente para devolver todos, até o último refém”, disse o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas.